Saiba tudo sobre Inspeção em Transportadores de Correias

Publicado em: 12/04/2022
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Inspeção de Correias Transportadoras Inspeção de Correias Transportadoras

Este material foi construído e escrito em conjunto com os melhores profissionais do ramo, dentre eles Jones Gavi, conhecido como Dr. Chute que hoje atua como Consultor Técnico na REMA TIP TOP.

Autor do livro “Manual de Inspeção e Manutenção de Correias Transportadoras”. Passou por grandes mineradoras, em especial a Vale.

Com mais de 40 anos de experiência no ramo, hoje é autoridade e referência em sistemas de limpeza (raspadores), equalização de chutes, trajetória de material e itens de desgaste de transportadores de correia.

Confira neste conteúdo dicas que foram preparadas para aumentar a vida útil dos seus ativos, aumentar sua performance e disponibilidade operacional.

 

Neste artigo você verá:

  • Identificação de falhas e melhor ação corretiva
  • Aplicação da ação corretiva
  • Planejamento de ações preventivas

O que é inspeção e seus pontos chaves

O trabalho de inspecionar os transportadores, seja delegado a uma pessoa ou a um grupo de pessoas, deve ser encarado de forma responsável e eficiente. Inspecionar é verificar, checar e principalmente observar se os equipamentos se encontram em suas condições ideais conforme recomendações do fabricante ou mesmo preestabelecidas pela própria empresa.

Identificar situações de anomalia, faz parte do processo de inspeção, o registro das anomalias identificadas, e consequentemente as ações para providenciar a eliminação das mesmas, sempre na busca por medidas que evitem a reincidência.

Tão importante quanto observar rasgos ou desgaste na correia, rolos travados, raspadores sem funcionar, vazamento de materiais, entre outros, é verificar a maneira como ocorrem, onde se iniciam, a fim de se determinar as causas da raiz. A prática de um bom processo contínuo de inspeção envolve comprometimento, rotina e disciplina, além de conhecimento técnico sobre os equipamentos.

Assegurar que todos os instrumentos de medição operem de forma correta e apresentem claramente os valores especificados e procurar por defeitos visíveis e invisíveis, tais como folgas, vibrações e aquecimentos anormais nas peças.

As inspeções diárias realizadas pelos operadores são mais que uma formalidade, elas são necessárias para assegurar que anomalias sejam detectadas e tratadas o mais rápido possível. Antes de iniciar a inspeção é obrigatório compreender o princípio de funcionamento do sistema. Estudar e conhecer o desenho esquemático da instalação, identificando os pontos de inspeção e seus acessos e riscos envolvidos na execução do trabalho.

ATENÇÃO: Esta inspeção SENSITIVA MECÂNICA é executada com o equipamento em funcionamento e, portanto, não se deve em momento algum acessar ou tocar componentes móveis ou acessar locais onde a pessoa fique exposta a queda de materiais ou peças. Qualquer intervenção em locais que envolvam estes riscos o equipamento deverá ter suas energias bloqueadas, análise de riscos executada e o supervisor responsável comunicado.

Inspeção em Chutes de Transferência

Problemas em chutes de transferência:

  1. No chute superior (trajetória, bancada frontal, defletora, etc.)
  2. No chute intermediário (bancadas internas, revestimentos inadequados, etc).
  3. No chute inferior (bancadas internas, desalinhamentos e vazamentos).
  4. Altura da queda do material na correia receptora.
  5. Revestimento de cerâmica vulcanizada.

A função do chute normalmente é transferir o material, minimizando sua degradação e permitindo que flua suavemente sem acúmulo ou entupimento. As calhas de transportes são usadas para direcionar o fluxo de sólidos a granel, de uma correia transportadora para outra. Nem sempre, porém, todos os chutes de transferência “conseguem” funcionar a contento. As eventuais falhas podem ser dispendiosas, especialmente nos casos em que se manuseiam muitas toneladas de material, tal como ocorre nas operações de mineração, em que o transporte é feito por correias transportadoras.

Provavelmente, a parte mais importante de um ponto de transferência seja o “chute”.

Alguns dos problemas associados aos projetos de chutes de transferência são: obstrução, desgaste das superfícies, geração de poeira acima dos limites aceitáveis, desgaste excessivo da correia e atrito das partículas dos materiais. A obstrução é, sem sombra de dúvidas, o mais severo desses problemas.

O chute que é bom para uma determinada situação ou material pode não ser bom para outro similar. Nesses casos, a experiência é, muitas vezes, mais útil do que modelos matemáticos.

Todas as vezes que se manuseia material variado, devem-se evitar detalhes de projetos que são concebidos para um único material, tais como placas (bancadas) para diminuir, ou redirecionar o fluxo do material.

1 – Desgaste das chapas de revestimento do chute

Conferir – Se tem material fugitivo na área da transferência, se as chapas de revestimento estão com desgastes acentuados ou chute furado, se não tem obstrução na saída do chute,  e se o revestimento é adequado para os tipos de materiais.

          a) Condição Ideal: Intacta

          b) Condição Insegura: Desgaste de 70% da espessura nominal.

                Ação Corretiva: Trocar

          c) Condição de Falha: Furada.

                Ação Corretiva: Trocar

 2 – Conferir fixação dos parafusos das chapas de revestimento do chute 

          a) Condição Ideal: Apertados.

          b) Condição Insegura: Folgadas.

                Ação Corretiva: Reapertar

          c) Condição de Falha: Faltantes.

                 Ação Corretiva: Trocar

 3 – Desgaste revestimento das bancadas do chute

Conferir – Se ocorrer desalinhamento na correia receptora, se as chapas de revestimento estão com desgastes acentuados e se não tem obstrução na saída do chute.

          a) Condição Ideal: Intacta

          b) Condição Insegura: Desgaste de 70% da espessura nominal.

                Ação Corretiva: Trocar

          c) Condição de Falha: Furada.

                Ação Corretiva: Trocar

Obs: dos chutes de transferência.

          a) Verificar se ocorreu desalinhamento da correia receptora proveniente de queda irregular de material.

                Ação: Se tiver desalinhamento, corrigir a queda do material na bancada inferior, adaptando guias internas e rampa na traseira do chute.

          b) Verificar se tem guias internas para direcionar o material na correia receptora;

                Ação: Procurar adaptá-las para centralizar o material na correia.

          c) Verificar se existe rampa traseira para direcionar o material e se a mesma está a 30º com a vertical.

                Ação: Se não tiver, adaptar uma no chute inferior para direcionar o material no mesmo sentido da correia receptora.

          d) Verificar a estrutura do chute quanto ao excesso de corrosão.

               Ação: Se tiver corrosão, programar uma troca ou reforma do chute.

          e) Soldas das fixações e travamento dos chutes.

              Ação: Se tiver problema programar manutenção.

          f) Verificar se as janelas de inspeção estão padronizadas e se precisa adaptação em outros locais.

             Ação: Precisando programar o serviço.

          g) Verificar posição das chaves sonda, detector de entupimento, estes equipamentos devem ser montados em um local no chute o mais próximo possível da correia receptora. Assim quando ocorrer algum entupimento o transportador será desligado imediatamente.

Chute sem rampa traseira

Chute sem rampas centralizadoras

Defletoras diminuindo a trajetória do material

Defletoras diminuindo a trajetória do material

Chutes sem afastamento para o tambor (10% da largura da correia)

Chutes sem afastamento para o tambor (10% da largura da correia)

Material caindo sem direção na correia receptora

Material caindo sem direção na correia receptora

Material caindo descentralizado na correia receptora, causando desalinhamento

Material caindo descentralizado na correia receptora, causando desalinhamento

Material caindo descentralizado na correia receptora, causando desalinhamento

Material caindo descentralizado na correia receptora, causando desalinhamento

Todo este processo será em vão se não tivermos um material de boa qualidade, para utilizar nestes equipamentos. Quando utilizamos revestimentos de boa qualidade e confiabilidade, aliadas a uma boa inspeção, teremos a certeza de uma melhor performance do equipamento. Lembrando sempre que o inspetor é o responsável pelo melhor desempenho do equipamento, ele deve procurar os melhores produtos, como melhorar a eficiência do chute, para aumentar a produtividade e vida útil do mesmo.

 Gostou de saber mais sobre inspeção de correias transportadoras? Então continue acompanhando o nosso blog para mais conteúdos do time dos grandes especialistas do mercado!

Colaborou com esse texto:

Jones Gavi (Dr. Chute) – Consultor Técnico

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